sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Anac rebate laudo sobre acidente da TAM e diz que cumpriu regras de segurança


Segundo documento, houve falhas administrativas por parte da agência.
Superintende afirma que Anac seguiu regras de segurança em Congonhas.

O superintendente de infra-estrutura aeroportuária da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Anderson Ribeiro Correia, contestou nesta sexta-feira (14) o laudo do Instituto de Criminalística (IC) de São Paulo que apontou falhas da agência no episódio que acabou com a morte de199 pessoas em julho do ano passado, no acidente com o Airbus A320 da TAM, no Aeroporto de Congonhas. Segundo Correia, a agência tem seus critérios e regras para a segurança nos aeroportos e elas foram cumpridas pelo Aeroporto de Congonhas antes do acidente da TAM. "As regulamentações da agência foram seguidas por Congonhas antes do acidente. Os critérios da pista foram atendidos", afirmou.


De acordo com laudo do Instituto de Criminalística sobre o acidente com o Airbus A320 da TAM, concluído nesta semana, houve falhas administrativas cometidas principalmente pela cúpula e por altos funcionários da Anac. Além disso, a perícia apontou que houve falhas também da empresa aérea, dos pilotos, da Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero) e até da fabricante do jato.


Correia, que participou nesta sexta do seminário "Concessão de Aeroportos: Oportunidades e Desafios para o Crescimento Econômico", na capital paulista, evitou tecer mais comentários, sob alegação de que não tinha conhecimento do laudo e não trabalhava na Anac na ocasião do acidente.

Apesar disso, voltou a defender a agência. "Qualquer tipo de investigação, de apontamento, a Anac vai preparar uma resposta." O laudo do acidente deve ser entregue na segunda-feira à Polícia Civil, que apontará os responsáveis pelo desastre e encerrará o inquérito, remetendo-o ao Ministério Publico Estadual (MPE).

Em entrevista ao G1 nesta sexta, o promotor Mário Luiz Sarrubo afirmou que dez pessoas podem ser denunciadas à Justiça como responsáveis pelo acidente do vôo 3054. Segundo Sarrubo, devem ser responsabilizados funcionários da Infraero, da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e da TAM.

Como o laudo de perícia do Instituto de Criminalística foi concluído neste mês, o delegado Antônio Carlos Barbosa deve enviar o inquérito ao Ministério Público nos próximos dias, para que Sarrubo envie o documento de acusação formal à Justiça.

A Infraero informou que não irá se pronunciar até receber oficialmente o laudo. A assessoria de imprensa da TAM disse que "não tem ciência do laudo e não vai comentar investigações em andamento".

Bolsas européias terminam a semana em alta

As principais bolsas de valores européias fecharam em alta nesta sexta-feira (14), impulsionadas pela valorização de ações do setor petrolífero. O anúncio de que a zona do euro entrou em recessão não impediu a alta dos indicadores.

Mas o rali do dia perdeu parte de sua força no final da sessão, à medida que dados econômicos fracos puxavam Wall Street para baixo. No encerramento do pregão na Europa, a Bolsa de Nova York já mostrava queda superior a 2%.

O índice FTSEurofirst 300, que acompanha as principais ações do continente, fechou em alta de 1%, a 860 pontos, de acordo com dados preliminares. No acumulado da semana, o indicador registrou baixa de 5,9%.

As ações da área do petróleo terminaram na ponta da valorização, com papéis de BP, Royal Dutch Shell e Total com valorização entre 3,2% e 3,6%.

Entre os principais ganhos percentualmente, as ações da companhia de serviços petrolíferos Technip decolaram 11,3%, um dia depois de a companhia ter registrado lucro acima do esperado, apesar de ter cortado a previsão de receita de 2008.

Fechamentos

Em Londres, o índice FTSE-100 fechou em alta de 1,53%, aos 2.465 pontos. Na França, o CAC-40 apontou elevação de 0,67% e em Frankfurt o DAX ganhou 1,31%. Os demais mercados também terminaram a semana no azul: 1,05% em Madri, 2,04% em Milão e 0,14% em Estocolmo.

Ativistas de ONG fazem protesto contra G20 em Washington


Integrantes da Oxfam usam máscaras de chefes-de-estado.
Reunião financeira de líderes mundiais começa nesta sexta (14).

Integrantes da organização não-governamental Oxfam posam com máscaras de chefes-de-estado que se reunirão neste fim de semana em Washington, nos Estados Unidos, na reunião do G20, nesta sexta-feira (14), no parque Lafayette, em frente à Casa Branca. No protesto, os atividadas parodiam o encontro com uma lista de prioridades a serem resgatadas, em que está marcado o item 'bancos' (Foto: Michael Gottschalk/AFP)